Caros leitores,
No dia 5 de junho se comemora, desde 1972, o dia mundial do meio ambiente. Trata-se de uma data instituída pela Assembléia Geral das Nações Unidas. O foco desta ação foi lembrar e promover, a cada ano, ações educativas visando incutir na sociedade a visão de que o desenvolvimento sócio-econômico não deve ignorar os aspectos ambientais. Naturalmente os transportes exercem função importante quando se trata de desenvolvimento. Embora não exista uma definição clara de como o transporte influencia no desenvolvimento, há o consenso de que este não existe sem um suporte adequado do transporte.
Se transporte é um dos itens necessários para suportar o desenvolvimento, e se o desenvolvimento deve ocorrer em sintonia com os aspectos ambientais, logo se deduz que o transporte deve ser pensado - como suporte a um nível de desenvolvimento sócio-econômico desejado – levando em consideração tais aspectos, ou seja: considerando a preservação dos recursos naturais, buscando combustíveis mais limpos e renováveis, preservando comunidades tradicionais, optando por modos mais eficientes, atravessando com as técnicas mais adequadas as zonas urbanas e áreas legalmente protegidas.
Nesta edição, trazemos mais material para suscitar e enriquecer a discussão sobre os aspectos ambientais relacionados aos transportes: nossa reportagem trata da questão da mudança climática associada ao setor de transportes; e entrevistamos o Secretário Nacional de Política de Transportes, do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, justamente sobre a contribuição do setor para a questão ambiental.
Um dos artigos, do Prof. Carlos Henrique Rocha, da Universidade de Brasília, trata dos custos subjacentes à frota brasileira de caminhões, aborda os custos relacionados à poluição atmosférica, inovando, inclusive, quanto ao uso do conceito de externalidade.
Outros artigos tratam da interação entre atores como fato relevante ao desenvolvimento de políticas de regulação; um simula a implantação de empresa de transporte, considerando custos e procedimentos associados; outro propõe atributos para definir indicadores de desempenho para o transporte de passageiros e, por fim, um que trata da questão da assimetria de informação, relevante quando se trata de regulação.
Desejamos uma boa leitura.
Núcleo Editorial